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CHEGUEI OS 50… E AGORA???

A chegada aos 50 anos, principalmente para a mulher, é como um ‘fantasma’ que fica rondando, até que de repente, ele aparece na sua frente. Mas, deixa eu contar uma coisa pra vocês, o ‘fantasma’ é o Gasparzinho, o fantasminha camarada, lembram dele? Ele é amigo, bom e mostra sempre o lado positivo.

Mas claro, tudo depende da maneira como você enxerga as situações na sua vida. Chegar aos 50 é apenas mais uma situação e que traz infinitas possibilidades.

A Psicologia Positiva, que é uma das minhas formações, veio reforçar o que eu sempre pensei como terapeuta, que é, como podemos levar nosso olhar para o lado positivo, focar nas nossas qualidades, dons, talentos e potencializar esse lado, ao invés de ficar olhando para aqueles ‘pontos mais fracos’. E essa é, sem dúvida a melhor maneira de encarar a chegada aos 50. Nossos pontos fortes, que na Psicologia Positiva são chamados de ‘forças de assinatura’, são utilizados e enfatizados para ajudar os pontos menos potencializados, muitas vezes, por ‘falta de uso’.

 

O ESTUDO DA PSICOLOGIA HUMANA E COMO VIRAR A CHAVE 

Desde a Segunda Guerra Mundial, em virtude de inúmeras perdas humanas que refletiram em transtornos a todos aqueles que, direta ou indiretamente, foram afetadas pela guerra, a Psicologia se ocupou no diagnóstico e tratamento de doenças, transtornos e desordens mentais e emocionais. A Psicologia acabou focando na parte mais negativa e obscura da mente, afastando-se do lado mais potente e positivo do ser humano e dos fatores que contribuem para que seu potencial mais genuíno seja despertado. O foco na dor nos coloca na condição de vítimas e nos despotencializa para a tomada de qualquer tipo de ação.

Grandes nomes foram importantes para o resgate de uma psicologia com foco na motivação humana, tais como Abraham Maslow, Carl Rogers e Erich Fromm. Mas o primeiro a utilizar o termo Psicologia Positiva foi Abraham Maslow em 1954, em seu livro ‘Motivação e Personalidade’, movido exatamente pela necessidade de uma resposta à busca por crescimento pessoal e por uma vida com mais qualidade e sentido.

A psicologia positiva tem a premissa de que o ser humano se responsabilize por suas ações e escolhas, e não mais culpabilize o ambiente, as circunstâncias ou o outro, saindo do papel de vítima para o de protagonista da sua própria vida. Assim ela estimula dois fatores básicos para o crescimento e desenvolvimento pessoal: autorresponsabilidade e livre arbítrio. Isso coloca o indivíduo em uma posição ATIVA diante do seu destino e da vida.

 

ENCARANDO A CHEGADA AOS 50

O que eu percebo muito, nos meus atendimentos, é que a maioria das mulheres 50+ desconhece o seu potencial e suas capacidades.

Isso acontece porque o foco está no passado ou no futuro e a pessoa não faz contato com o que está vivendo no presente.

O foco no passado está relacionado às questões vividas na infância, família ou circunstâncias outras, o que é legítimo, porém é preciso avançar na vida. O passado é um lugar de referência e de buscar aprendizados, mas não de residência. Já o foco no futuro está relacionado à necessidade de controle e/ou fuga do momento presente, que é o único lugar onde se pode entrar em ação, o que, muitas vezes, pressupõe sair da zona de conforto.

Aos 50+ você pode sentir que não tem mais nada para realizar e que está entrando na curva descendente da sua vida, o que não é verdade!

Em ambos os casos, o que predomina é uma certa negatividade, falta de autoconfiança e autoestima, ou seja, essa mulher não reconhece as suas potencialidades e qualidades mais intrínsecas, e as possibilidades da fase que está vivendo e os recursos que possui hoje. Assim, ela não encontra sua força para encarar e atravessar os desafios e obstáculos que a vida sempre vai nos apresentar.

 

COMO O MÉTODO coMtato PODE AJUDAR

O Método coMtato, que desenvolvi para os meus atendimentos, tem como um de seus alicerces a Psicologia positiva, e por isso busca focar no seu lado luminoso (que todos nós temos), na autorresponsabilização, na autoempatia e na autocompaixão ao olhar para o seu lado menos iluminado (que todos nós temos também). Desta forma, é possível trazer compreensão para tudo que acontece com você, independente se é bom ou menos bom, trazendo mais leveza, autonomia e autenticidade.

No processo terapêutico as pacientes são encorajadas a ‘avaliação das forças de assinatura’ e esse relatório gerado auxilia no despertar, no reconhecimento e na apropriação de suas potencialidades mais genuínas. Se isso é importante em todas as idades e momentos da vida, na chegada aos 50 é fundamental, pois resgata a autoestima e autoconfiança, que muitas vezes ficam abalados. É uma ferramenta que auxilia muito o processo de transformação e crescimento pessoal.

 

COLOCANDO EM AÇÃO 

Deixo aqui um exercício para você. Pegue papel e lápis. Encontre um local e momento tranquilos, onde você não seja incomodada por alguns minutos. Feche os olhos, faça algumas respirações para se conectar com sua energia. Agora, abra os olhos e escreva, sem pensar muito e sem nenhum julgamento, entre 5 a 10 qualidades/capacidades suas (sim, você tem muito maisssssss….). Ao lado dessas qualidades/capacidades, relacione situações em que você utiliza ou já utilizou essas qualidades.

 

Depois, releia e se aproprie de todas elas, são SUAS!!!

 

Essa é VOCÊ aos 50+ uma mulher que adquiriu sabedoria na vida, possui sua singularidade e seus poderes pessoais, reconhece seu próprio valor e tem tudo que precisa para realizar+ ainda!

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Porque trabalhar terapeuticamente o corpo ‘saindo do mental’?

A nossa mente, mente!

Provavelmente você já ouviu essa frase em algum momento. Mas será que você entende o que ela quer dizer? Bem, eu demorei um tempo para ter esse entendimento, de que nossa mente pode nos enganar, mas encontrei a saída para esse problema através do meu corpo! Isso mesmo, vamos entender melhor essa história!

Na minha trajetória profissional, algumas formações, me ajudaram a chegar a essa clareza a ponto de internalizar esse conhecimento e trazê-lo para os meus atendimentos, como a formação em dança; o pilates; a reeducação do movimento, e, em especial, a Análise Psico-Orgânica.

A Análise Psico-Orgânica é um método que se define como psicoterapia analítica com mediação corporal e que flui nos domínios da palavra, da imagem e do corpo e integra os conceitos da psicanálise com as experiências das psicoterapias corporais. Assim sendo, é herdeira de Sigmund Freud, Carl Gustav Jung, Wilhelm Reich e particularmente do legado de Gerda Boyesen. Seu fundador, no início dos anos setenta, foi Paul C. Boyesen.

A partir de toda essa profundidade conceitual, foi que eu entendi que ‘o corpo fala’, ele se comunica com a gente o tempo todo. E com uma mensagem muito verdadeira sobre nossos sentimentos e necessidades. Entretanto, não fomos educados a entrar em contato com nosso corpo e entender suas mensagens. Nossa atenção está muito mais voltada ao ‘cabeção’, ao intelecto e a tudo que possua algum raciocínio lógico e que possa ser explicado racionalmente.

Mente e corpo, racional e emocional, cabeça e coração, precisam estar alinhados, ou seja, o que eu penso tem que estar em sintonia com o que eu sinto e vice-versa. Porém isso nem sempre acontece. As vezes, como um sistema de defesa, nosso racional diverge dos sinais que nosso corpo está mandando. E é aí que nossa mente nos engana.

O desafio de sair do mental é se permitir SENTIR. Para isso é necessário abrir mão do controle, do julgamento e sair do piloto automático, dando espaço para a VULNERABILIDADE vir à tona.

É por essa razão que o primeiro pilar do meu método de trabalho, que chamo de Método coMtato, é a Escuta do Corpo. É por esse ponto fundamental que iniciamos o trabalho terapêutico. Assim você pode entrar em contato com o seu corpo, aprender a interpretar seus sinais, ATUALIZAR registros antigos (crenças pré-estabelecidas) e CRIAR novos registros no seu cérebro. Esse processo é essencial para que você mergulhe no seu autoconhecimento e viva uma vida que faça sentido pra você.

Então, para você que ficou curiosa a respeito do que seu corpo tem a te dizer, reflita por um momento: que sentimentos e sensações você está carregando nos seus músculos, ossos, pele e sentidos?

Sair do mental não é fácil, mas é um exercício que deve ser praticado continuamente para que você possa ir avançando pelos outros pilares do
Método coMtato em busca de uma vida muito mais realizada!

Vem comigo nessa jornada de descoberta?