Categorias
Método coMtato

A CONFUSÃO CEREBRAL NA DISTINÇÃO DE BONS E MAUS HÁBITOS

Preguiçoso e maleável assim é o seu cérebro

Assim como eu, acredito que você já tenha tentado mudar alguns hábitos, mas desistiu no meio do caminho, não é mesmo? E sabe por que? Porque seu cérebro é “preguiçoso”, quer te proteger de todas as mudanças e precisa entender o que ele vai “ganhar” com isso. Mas, a boa notícia é que, mesmo preguiçoso, o danado é maleável permitindo mudanças e a criação de novos hábitos. Basta que você entenda que tudo é um processo.

 

O  QUE SÃO HÁBITOS E COMO MODIFICÁ-LOS

Podemos dizer que hábitos são considerados “tendências” a agir de uma determinada maneira. Ou ainda, a pré-disposição de agir constantemente de certo modo, que foi adquirida pela repetição frequente.

Tanto a Análise Psico Orgânica como a Psicologia Positiva, que são duas das minhas formações profissionais, entendem que é possível modificar e transformar um hábito nocivo em um hábito saudável. Para isso, você vai precisar entrar em coMtato com você para entender a origem deste hábito, pois, normalmente, estão associados à alguma crença ou são utilizados como uma forma de compensação ou recompensa emocional, para uma determinada situação. Isso reforça o fato de que o físico, mental, emocional, energético e espiritual, estão conectados.

 

O LOOP DO HÁBITO

A maioria das nossas ações são baseadas muito mais no costume do que em escolhas racionais. No livro “O poder do hábito”, Charles Duhigg, repórter do jornal The New York Times e ganhador do Prêmio Pulitzer, nos mostra como os hábitos podem impactar na obtenção do sucesso – sejam eles pessoais ou profissionais.

Tendo a neurociência como base, Duhigg explica como um hábito é processado dentro do nosso cérebro, levando-se em conta que o cérebro busca reduzir esforço – ele é ‘preguiçoso’. Esse processo, recebeu o nome de ‘loop do hábito’, que acontece em três etapas:

  1. Gatilho: é qualquer acontecimento que desperte a atenção do nosso cérebro e que nos impulsiona a agir.
  2. Rotina: é a maneira “comum” que respondemos à uma ação, quando o gatilho é acionado – seja em ações físicas, emocionais ou mentais.
  3. Recompensa: é quando o seu cérebro acredita que determinada rotina funcionou e, então, armazena essa informação, como algo positivo e importante para você.

Deste modo, ao se encontrar novamente na mesma situação ou em uma situação semelhante, provavelmente o cérebro irá buscar essa informação, percorrendo o caminho que ele armazenou. O importante, como pontua o autor no seu livro, identificando como esse processo acontece, é possível alterar, adaptar e criar diferentes rotinas.

 

QUEBRAS DE PARADIGMA

Entretanto, não é porque algo faça parte da sua rotina que necessariamente seja bom. O nosso cérebro funciona como uma máquina e, por vezes, tenta operar no automático. Por isso, muitas vezes ele não é capaz de perceber que determinado hábito possa ser negativo.

“Isso explica a razão de ser tão difícil criar o hábito de fazer exercícios, por exemplo, ou de mudar nossa alimentação. Uma vez que adquirimos uma rotina de sentar-se no sofá em vez de sair para correr, ou de fazer um lanchinho sempre que passamos por uma caixa de donuts, esses padrões continuam para sempre dentro das nossas cabeças”, aponta Duhigg.

A mudança de hábitos não é tão simples, como possa parecer, pois na verdade são quebras de paradigma, de modelos e padrões mentais. É uma ‘chacolhada’ na rotina em busca de resultados diferentes daquilo que você vem obtendo.

 

OS HÁBITOS NA VIDA 50+

Desenvolver hábitos de vida mais saudáveis pode iniciar mudanças permanentes na sua vida. Os hábitos estão associados ao bem-estar e à qualidade de vida e a adoção de novos padrões comportamentais, pode prevenir o surgimento de doenças, aumentar a vitalidade, melhorar o humor e os relacionamentos no dia-a-dia.

Depois dos 50 então, a NECESSIDADE de se cultivar hábitos saudáveis é fundamental, pois seu corpo já não reage da mesma maneira que aos 20 anos de idade, quando você podia até se dar ao luxo de ‘enfiar o pé na jaca’, em todos os sentidos, com uma certa frequência.

 

HÁBITOS E PROCESSO TERAPÊUTICO

Mudança de hábitos é um tema muito abordado durante o processo terapêutico. Todas nós, em algum momento da vida, vamos precisar rever nossos hábitos. E considero isso bastante saudável, pois afinal, a vida muda, a idade muda, as prioridades mudam e os hábitos precisam acompanhar esse movimento e serem revisados e atualizados ao longo de toda a nossa vida.

Essa tarefa requer foco, disciplina e persistência, pois para realizar uma mudança de hábito, você vai precisar REPETIR esse novo hábito para que o seu cérebro possa registrar esse novo caminho neural e deixar de seguir o caminho já conhecido. Estamos falando de ‘sair da sua zona de conforto’ quando sua autoestima e sua auto confiança serão requisitadas e o processo terapêutico te ajuda a passar por essa fase com leveza, acolhimento e respeitando o seu próprio tempo.

O processo terapêutico pode ser realizado individualmente ou em grupo, que conta com a força poderosa de uma comunidade. As comunidades funcionam como apoio mútuo, encorajamento e a troca de experiências que é bastante enriquecedora. Não é à toa que grupos como Vigilantes do Peso, Alcóolicos Anônimos e diversos outros surtem tanto efeito. Charles Duhigg reforça:

“Há algo de poderoso em grupos e experiências compartilhadas. As pessoas talvez sejam céticas sobre sua capacidade de mudar se estiverem por conta própria, porém um grupo pode convencê-las a suspender a descrença. Quando as pessoas se juntam a grupos em que a mudança parece possível, o potencial para que ela ocorra se torna mais real.”

 

Ao desenvolver meu Método coMtato, tive a sensibilidade de escolher ferramentas poderosas e eficientes, além de conceitos importantes da Psicologia Positiva e da Análise Psico Orgânica, para tornarem esse processo um momento precioso de aprendizado e evolução pessoal.

Estou aqui para te ajudar! Manda um direct pelo meu Instagram @flavia.tavares