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Desvendando os Altos e Baixos do Apetite: Como as Emoções Influenciam sua Fome

Quando se trata de nossa relação com a comida, muitos de nós experimentamos altos e baixos em relação ao apetite, sem entender completamente por que isso acontece. No entanto, a conexão entre nossas emoções e nossa fome é mais profunda do que imaginamos. Vamos explorar como nossos estados emocionais podem influenciar diretamente nossos hábitos alimentares e o que isso pode revelar sobre nosso bem-estar geral.

Oscilações no Apetite: Um Sinal de Alarme Emocional

Muitas vezes, quando nos sentimos estressados, ansiosos, deprimidos ou mesmo felizes, nossos padrões alimentares podem mudar drasticamente. Alguns podem experimentar uma perda repentina de apetite, enquanto outros podem buscar conforto na comida, levando a episódios de compulsão alimentar. Essas oscilações podem servir como indicadores de nossas emoções internas, refletindo nossos conflitos emocionais e nossos padrões de comportamentos diante das situações da vida.

Comer por Emoção: O Papel da Alimentação e o coMtato com o seu Prazer

A chamada fome emocional está associada ao comer emocional e é motivada exclusivamente por uma emoção. Nesses casos, a comida deixa de ter a função primária de nutrição e passa a desempenhar o papel de suprir uma emoção desafiadora e trazer prazer e conforto momentâneos para o corpo.

Quem nunca comeu um chocolate quando se sentiu triste ou estressado? Um fato isolado e se temos a conciência da emoção, tudo certo! No entanto, quando essa prática torna-se uma constante, pode evoluir para transtornos alimentares mais severos ou ‘comer por emoção’ pode se tornar um ciclo vicioso.

A Importância da Consciência Alimentar

Reconhecer a conexão entre nossas emoções, nosso corpo e nossa fome é o primeiro passo para cultivar uma relação mais saudável com a comida e conosco.

Nossa boca tem algumas funções emocionais:

  • Expulsar – soltar, deixar sair, colocar para fora: o ar, a expressão, os pensamentos, os sentimentos. Em desequilíbrio pode trazer sensação de esvaziamento, sem capacidade de segurar ou conter o que nutre e o que é essencial.
  • Ingerir – colocar para dentro: morder, digerir, controlar, prender. Em desequilíbrio pode causar tensão na madíbula e dentes, sensação de insaciedade, segurar pensamentos, emoções, projetos.
  • Degustar – saborear a vida – é o equilíbrio saudável entre o que entra e o que sai, gerando PRAZER.

Portanto, existe uma ligação direta com o quanto você se permite ou não entrar em coMtato e desfrutar o seu PRAZER!

E aí, como você se percebe em relação à essas três funcões emocionais e ao seu prazer?

O desenvolvimento da consciência alimentar permite identificar os gatilhos emocionais que nos levam a comer impulsivamente e criar estratégias mais saudáveis para lidar com nossos sentimentos. Desta forma, estaremos atuando na causa da fome emocional, sem mascarar o desconforto e a emoção associada.

Ao escutar aos sinais que nosso corpo e nossas emoções nos enviam, podemos cultivar uma relação mais equilibrada e nutritiva com a comida e com nós mesmos. Os movimentos corporais terapêuticos são excelentes para que você encontre esse equilíbrio e desenvolva uma relação saudável com seu corpo e o seu prazer.

Quando a fome emocional é frequente, buscar ajuda profissional terapêutica é essencial para identificar e atuar na raiz do problema resgatando uma relação saudável e prazerosa com a comida. Estou aqui para te ajudar nesse processo.

Com carinho e escuta,

Flávia Tavares